sexta-feira, 4 de junho de 2010


Eu ainda faço parte desta minoria de pessoas que acreditam no feliz para sempre e não no que seja eterno enquanto dure, ainda sonho com a casa, com jardim, com filhos e cachorros correndo pelo quintal. A jantinha na mesa, o vinho na sacada, as pernas enroscadas em baixo do cobertor, a concha.

Hoje em dia os casamentos são sinônimos de burrice. Até aquela sua tia velha diz: - Casar pra que? Ser sozinha é mais fácil, ninguém vai te dizer o q fazer, vai ser uma excelente profissional e blá blá blá...

Mas e ai? E se você for mesmo tudo isso? Tiver toda essa independência e uma brilhante carreira?

Vai fazer o que com tudo isso quando se olhar no espelho e ver que tem 50 anos de idade, uma bela casa, uma profissão que rendeu tudo isso, e um ou dois cachorros de companhia?

Quem sabe né? Você poderia fazer uma inseminação artificial e ter também uma produção independente, talvez esse filho te fizesse companhia, se ele também não pensasse mais nele e decidisse fazer um intercambio por ai...

Bom todo este papo moderno definitivamente não me convence, queria mesmo era ter nascido la pela década de XX, onde todas as mulheres eram damas respeitadas, cortejadas e desejadas, e não alvo fácil, e penso que vai piorar a cada dia, homens reclamam que não há mais mulheres pra namorar, enquanto elas também reclamam que eles só querem sexo.

Mas é lógico, você algum dia já notou o imenso cardápio de mulheres que existem na balada, na internet, no escritório, no supermercado, no shopping? Pra que se prender a uma não é? Mulher não há mais que se conquistar, mesmo se você ficar quietinho no seu canto vem uma e te canta.

Mas mesmo com tudo isso, com todas essas mudanças que o mundo dos relacionamentos sofreu, eu ainda acredito, eu ainda acredito em pessoas que se amem de verdade, de graça, por amar. Sem saber qual o carro que você tem, o que seu futuro promete, e onde você vai chegar com a sua carreira, eu ainda acredito no amor de quem quer estar apenas ao lado, independente do que acontecer.

Eu ainda acredito que casamento não é burrice; que fidelidade não é castração; que amor não se compra.